Em tempo de Mundial de Futebol

O Orlando Figueiredo, do blog Ecoliteracia, enviou-me ontem a referência deste vídeo dos Monty Python, o qual tem tudo a ver com a História da Ciência e com a actual febre futebolística.

Monty Python - International Philosophy

Terramoto de 1755 - Descobertas no Convento de Jesus

Acaba de ser publicado na revista e-Terra um artigo do Profº. Telles Antunes onde é relatada a descoberta de restos humanos e de animais, quando se procedia à remoção de um pavimento no claustro do antigo Convento de Jesus, da Ordem Terceira de S. Francisco. Esta descoberta é associada ao Terramoto de 1755, que provocou número elevado de vítimas.

Claustros do Convento de Jesus (fotografia inserida no artigo anteriormente citado)

Bolsas de estudo - História da Ciência

Acabo de receber do colega Leandro Sequeiros a seguinte informação:

La Fundación Esquerdo ha convocado unas becas para invesitgadores de Historia de la Ciencia y de la Medicina en la Residencia de Estudiantes de Madrid. El plazo expira el 30 de junio. Bases en www.fundacionesquerdo.org y www.residencia.csic.es

Congresso- História da Ciência

TÉCNICA E INGENIERÍA EN ESPAÑA:PENSAMIENTO, PROFESIONES Y SOCIEDAD EN
EL OCHOCIENTOS

Zaragoza, 2, 3 y 4 de octubre de 2006

REAL ACADEMIA DE INGENIERÍA DE ESPAÑAINSTITUCIÓN «FERNANDO EL CATÓLICO» (CSIC)DIPUTACIÓN DE ZARAGOZADEPARTAMENTO DE CIENCIA, TECNOLOGÍA E UNIVERSIDADGOBIERNO DE ARAGÓNUNIVERSIDAD DE ZARAGOZA

A História da Geologia na Nova Zelândia

Recebi há pouco um mail de um colega da Nova Zelândia, Simon Nathan, referindo o seu envolvimento no projecto de construção de uma Enciclopédia Online, da Nova Zelândia, e da inclusão nesta enciclopédia de alguns artigos no domínio da História da Geologia:


Geological exploration of New Zealand <http://www.teara.govt.nz/earthseaandsky/Geology/geologicalexploration/en>
(This gives an account of the history of geology in New Zealand - only 200 years since the first European settlers arrived. It includes text, images, maps as well as sound and video clips (check that your sound isn't turned down or muted).

Rocks and minerals named in New Zealand <http://www.teara.govt.nz/earthseaandsky/Geology/rockandmineralnames/en>

Fossils <http://www.teara.govt.nz/earthseaandsky/Geology/fossils/en>

Simon Nathan ainda refere no mail que: 'I would be very interested in any feedback or comments on this method of presenting information, which I think holds all sort of possibilities. You may be interested to look at the Encyclopedia site itself - just click on http://www.teara.govt.nz/.
It includes an interesting series of articles on all the different settler peoples who came ot New Zealand.'

É uma oportunidade para conhecer um pouco mais de um país que sempre me fascinou, e, em particular, das suas 'histórias' da geologia.

O templo de Serapis

Charles Lyell ficou bastante impressionado com as observações que realizou no Temple of Jupiter Serapis: 'This celebrated monument of antiquity affords, in itself alone, unequivocal evidence, that the relative level of land and sea has changed twice at Puzuolli, since the Cristian era, and each movement both of elevation and subsidence has exceedes twenty feet'. (Lyell, C., The Principles of Geology, London, Penguin Classic, p. 152)

Charles Lyell (1797-1875)

Charles Lyell nasceu, em 1797, na Escócia. Embora inicialmente o seu objectivo fosse estudar Direito e enveredar pela carreira de advogado, acabou por abandonar este projecto devido a problemas de visão. Em 1825, Lyell publicou os seus primeiros artigos científicos, sendo no ano seguinte nomeado membro da Royal Society. A partir dessa altura começou a contribuir regularmente para a Quarterly Review, abandonando definitivamente a prática da advocacia. Em 1831, foi nomeado professor de Geologia do King's College, em Londres, lugar em que não permaneceu muito tempo. Em 1832, casou com Mary Horner que o apoiou sempre bastante no seu trabalho, até à morte dela em 1873. Foi eleito presidente da Geological Society of London em 1835-7 e 1849-51. A sua saúde deteriorou-se bastante após a morte da esposa, acabando por falecer em 1875.

Principles of Geology

A obra de Charles Lyell, Principles of Geology, está editada pela Penguin Classics o que a torna bastante acessível em termos económicos.

O primeiro volume desta obra surgiu em 1830, e os segundo e terceiro volumes em 1832 e 1833, respectivamente. Lyell fez sucessivas revisões, tendo a última versão dos Principles of Geology sido publicada em 1867-8.

Além disso Lyell também publicou Elements of Geology (1838) e The Antiquity of Man (1863). A primeira destas obras está disponível online.

Uniformitarismo

Uniformitarismo é a designação atribuída a um dos princípios básicos da Geologia. Este princípio, que é antes de mais um princípio metodológico, pressupõe uma uniformidade temporal dos processos geológicos e das suas causas, sendo considerado por alguns autores como sinónimo de actualismo e em oposição ao conceito de catastrofismo. Contudo, este termo ainda hoje não possui um significado consensual. Além do significado anteriormente referido e que pode ser resumido na afirmação que o presente é a chave para o passado, também surge associado à ideia de que as mudanças geológicas processam-se de forma lenta e gradual, sem descontinuidades súbitas, nem catástrofes.

Para esta grande variedade de significados não será estranha a obra publicada entre 1830 e 1833, Principles of Geology da autoria do naturalista inglês Charles Lyell (1797-1875). Ao longo deste tratado, considerado como um marco importante na história da Geologia, são frequentemente confundidas, intencionalmente ou não, afirmações metodológicas com crenças relativas ao funcionamento de alguns processos naturais.

Este princípio uniformitarista já se encontrava presente na obra de James Hutton, mas foi Lyell o responsável por fazer renascer as concepções huttonianas, numa Inglaterra que nos inícios do século XIX estava dominada pelas correntes diluvianistas, que tentavam conciliar os relatos bíblicos do Dilúvio com os registos geológicos. Em Pozzuoli, perto de Nápoles, Lyell visitou umas ruínas romanas localizadas perto de uma baía - o Templo de Serapis (figura). As colunas destas ruínas revelavam, a uma determinada altura, marcas da fixação de moluscos, o que indiciava que as colunas já teriam estado parcialmente submersas. A observação deste facto fez Lyell afirmar que este monumento por si só, “era uma evidência inequívoca, de que o nível relativo da terra e do mar tinham mudado por duas vezes em Puzzuoli, durante a era cristã, sendo que ambos os movimentos de elevação e de subsidência, tinham excedido os vinte pés”. Este foi um dos exemplos de que Lyell se serviu para concluir que poderiam ocorrer importantes mudanças geológicas de forma gradual.


Templo de Serapis em Puzzuoli (Lyell, C.,1997, Principles of Geology, London, Penguin Books)

Histórias do Universo

Cartografia geológica

Saída de campo com o objectivo de cartografar o distrito mineiro de Cripple Creek, no Colorado, Estados Unidos, em 1893. Esta fotografia pode ser encontrada no site do USGS (http://pubs.usgs.gov/circ/c1050/first.htm)

INHIGEO

Acabei de receber a Newsletter nº 38 da International Commission on the History of Geological Sciences (INHIGEO) onde se destacam notícias sobre o congresso que decorrerá em Vilnius (Lituânia), este ano, assim como relatórios das actividades de campo realizadas durante o congresso de Praga (Julho/2005), além das 26 recensões de diversas obras na área da História da Geologia.
Juntamente com esta revista recebi também a Newsletter nº 8 da JAHIGEO (Japanese Association for the History of Science).

Livros - História da Ciência

Este fim de semana acrescentei mais dois títulos à minha lista de compras na Amazon:

Pestre, D. (2006). Introduction à l'Histoire des Sciences

Witkowiski, N. (2006). Une Histoire Sentimentale des Sciences